Há bastante tempo que não tenho um trabalho convencional. Tudo começou, na altura em que estava empregada e fazia trabalhos de costura em casa, após o jantar. Quase sempre o meu marido ficava a tomar conta do T. e eu ficava no sótão a coser até mais tarde da noite. Nessa altura facturava bem, mas pouca companhia lhes fazia “estás sempre lá em cima, diziam-me”. Mais tarde acabei por deixar o meu trabalho aborrecido e durante uns bons tempos dediquei-me em exclusivo ao “by Deva”. Gostei muito dessa época; embora mais tarde, este meu negócio tivesse deixado de ter lucro e aos poucos deixei a costura. Mas felizmente, quando uma porta se fecha uma janela se abre…

Voltei a investir num outro tipo de trabalho, que tinha deixado a meio há uns vinte anos atrás. É um trabalho que me traz imensa paz. Trabalho afincadamente no meu desenvolvimento pessoal. Abdico e prescindo de muitas coisas materiais das quais me são supérfluas em prol do meu bem-estar.
Procuro escutar a minha intuição, ouvir-me, estar atenta aos sinais e ter comigo quem está na mesma sintonia. Adoro escutar o outro, ouvir e ajudar, porém, detesto manipulação e tudo o que fuja de um caminho de verdade. Longe de ser um ser humano perfeito, também tenho as minhas limitações e os problemas comuns a todas as famílias por isso, tento ao máximo me proteger.
O que me suporta é a fé! Saber ouvir e escutar a minha alma, ter essa percepção é libertador. A vida é só uma e temos que reconhecer o que nos permite fluir.
Até breve!